A criação e instituição dos conselhos de administração se configuram como uma das principais práticas da governança corporativa.
Dessa forma, existem vantagens, tipos e características que devem ser apresentadas a respeito dos conselhos de administração, bem como sua relação direta com as esferas da governança.
Em termos gerais, os conselhos de administração podem ser conceituados como um órgão integrante de uma empresa cujo principal objetivo é de orientar, supervisionar e estabelecer normas de funcionamento de uma empresa.
Dessa forma, todos estes objetivos visam, em um aspecto geral e finalista, adotar práticas que garantem o máximo de retorno sobre os investimentos daquela empresa.
Para que estes conselhos consigam alcançar e maximizar resultados, é preciso que seu funcionamento seja descentralizado.
Nesse sentido, existem diferentes tipos de conselheiros, com suas respectivas responsabilidades. Veja a seguir.
FORMAÇÃO DOS CONSELHOS
Os conselheiros que serão apresentados a seguir, embora possam ser internos, externos ou independentes, possuem responsabilidade direta com a empresa que os contrata.
São eles:
- Conselheiros Internos: são os indivíduos que ocupam os cargos de diretoria, ou são empregados da empresa que instituiu os conselhos
- Conselheiros Externos: diferente dos conselheiros anteriores, os externos não possuem vínculo trabalhista algum com a empresa, mas já ocuparam, geralmente, cargos de direção, já foram advogados ou consultores prestadores de serviços à empresa
- Conselheiros Independentes: nesse caso, não há nenhuma relação afetiva ou trabalhista entre o conselheiro e a organização
Elucidadas as normas acerca da formação dos conselhos, serão apresentadas suas principais funções.
FUNÇÕES DOS CONSELHOS
Em aspectos gerais, as funções dos conselhos de administração de uma organização podem ser divididas em três tipos:
- Normativas
- Fiscalização e controle
- Administrativas
Dentre as funções administrativas, existe uma em específico que possui extrema importância e relação direta com a própria existência dos conselhos.
Nesse caso, a função e a possibilidade de promover discussões sobre governança corporativa permitem que as ações do conselho sejam em prol da empresa, bem como de acordo com as exigências dos consumidores.
Além disso, as empresas têm adotado, em conjunto às práticas de governança, hábitos que resguardam temas sociais e de meio ambiente.
Esse conjunto de práticas, ou seja, ambiental, social e governança, formam o termo chamado de ESG (Environmental, social and corporate governance).
AMBIENTAL, SOCIAL E GOVERNANÇA
Os critérios ambientais, sociais e de governança (ESG) são um conjunto de práticas realizadas por empresas para atrair investidores socialmente conscientes.
Abaixo serão apresentadas as principais características das pautas ESG:
- Ambiental
Os critérios ambientais podem incluir o uso energético da empresa, resíduos, poluição, conservação de recursos naturais e tratamento de animais.
Além disso, os critérios também podem ajudar a avaliar quaisquer riscos ambientais que uma empresa possa enfrentar e como a empresa está gerenciando esses riscos.
Por exemplo, pode haver questões relacionadas à sua propriedade de terras contaminadas, seu descarte de resíduos perigosos, seu gerenciamento de emissões tóxicas ou seu cumprimento das normas ambientais governamentais.
- Social
Os critérios sociais analisam as relações comerciais da empresa.
Nesse caso, são questionadas, por exemplo, as seguintes questões: As condições de trabalho da empresa demonstram grande consideração pela saúde e segurança de seus funcionários? A empresa respeita a diversidade e pluralidade de seus funcionários?
- Governança
Sobre governança, os investidores querem, por exemplo, saber se a empresa usa métodos contábeis precisos e transparentes.
Além disso, buscam conhecer se os acionistas podem votar em questões importantes, entre outros critérios.
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