A presença da liderança feminina nas equipes de gestão está geralmente associada a um compromisso social mais forte e a um estilo de liderança mais participativo.
A partir de uma análise do impacto das mulheres nas empresas cooperativas, as quais possuem características específicas em termos de organização e propósito, mostra que a liderança feminina leva a maior motivação a todas as colaboradoras.
Nesse sentido, a liderança feminina se efetiva a partir do momento em que uma mulher tem a oportunidade de liderar ou assumir uma equipe para a realização do projeto em foco.
MULHERES NA LIDERANÇA E NO EMPREENDEDORISMO
O empreendedorismo feminino e a presença de mulheres nas equipes de gestão têm influência positiva nas motivações sociais e conquistas das organizações.
Com as mulheres no comando, as empresas estão mais inclinadas a introduzir políticas igualitárias.
Dessa forma, o novo contexto empreendedor cooperativo de hoje é mais propício a esse tipo de abordagem do que o mundo dos negócios tradicionais.
De fato, as empresas comunitárias emergiram como instrumentos chave do empoderamento das mulheres.
Além disso, do ponto de vista participativo, essas novas líderes empresariais têm maior impacto e influência nas atividades de suas organizações do que poderiam ter nas empresas tradicionais.
Isso se dá através do estímulo à participação das mulheres, bem como em atendimento às reivindicações sociais por maior representatividade em todos os espaços.
Contudo, as líderes femininas de hoje enfrentam o desafio de descobrir como ter uma influência mais tangível nas equipes de gestão de gênero misto, como apresentado no item abaixo.
DIFERENTES PERCEPÇÕES E SENSIBILIDADES
Um maior poder de decisão feminino pode levar a uma nova orientação estratégica que difere dos planos projetados por equipes exclusivamente masculinas.
Sendo assim, as políticas de recursos humanos podem ser a primeira área voltada para a mudança, com o objetivo de promover o equilíbrio entre o trabalho e o tempo destinado à família.
Não deve ser surpresa que vários estudos tenham concluído que há impacto na atuação de mulheres e no seu crescimento como líderes empresariais, a consideração do tempo dedicado à vida pessoal.
Da mesma forma, os dados mostram que a composição de gênero de uma organização influencia seus objetivos, com o componente social representando uma parcela maior de seus principais desafios.
Essas preocupações, as quais são diferentes das dos homens, também se refletem para outros aspectos da empresa, como o respeito ao meio ambiente e a ética operacional.
Dado esse perfil e a lacuna de igualdade nas empresas tradicionais, parece claro que a fórmula mais adequada é o aumento da liderança feminina, como forma de equalizar a ocupação de cargos.
Além disso, o movimento cooperativo é mais adequado aos objetivos e estratégia de crescimento compartilhado e à luta contra a desigualdade social.
IMPACTO SOCIAL
Diante desses fatores, fica claro que o aumento do número de mulheres executivas em empresas cooperativas teria um impacto social ao aumentar a representatividade, motivação e o desempenho.
Esse impacto se traduziria, por exemplo, em maior participação na tomada de decisões por todos os membros da organização, assistência às pessoas da comunidade, autogestão e maior conscientização ambiental.
No entanto, o aumento do número de mulheres executivas em entidades cooperativas continua sendo um desafio por enfrentarem mais entraves que homens quando decidem seguir uma carreira empresarial.
Maternidade, casamento e, claro, tarefas domésticas são os obstáculos tradicionais que impediram as mulheres de alcançar um equilíbrio entre negócios e família.
Seu papel profissional tende a entrar em conflito com sua vida pessoal.
Todavia, hoje em dia, as líderes femininas estão tentando superar esses obstáculos introduzindo políticas que favoreçam o equilíbrio entre trabalho e família.
Somado à isso, existem as mudanças dos papéis sociais, trazendo os homens para uma maior participação no lar, bem como na criação de filhos.
O CASO DO BRASIL
O Brasil fornece um exemplo claro de mudança cultural e crescimento econômico.
O número de mulheres na força de trabalho brasileira tem aumentado gradualmente desde a década de 1970.
Dessa forma, as mulheres representam hoje quase metade da força de trabalho do Brasil e uma porcentagem semelhante dos empresários do país.
As coisas mudaram muito nas últimas décadas, e os papéis de gênero que antes eram claramente definidos estão agora sendo desafiados.
Embora os desafios permaneçam, essa mudança cultural na sociedade brasileira levou a três grandes conclusões sobre as mulheres:
- Elas estão se tornando mais assertivos à medida que adquirem mais independência econômica.
- Elas agora são mais propensos a manter suas carreiras depois de se casarem.
- Elas agora têm mais autoestima e um senso de identidade mais forte dentro de sua área de atuação.
Em conclusão, a liderança feminina é importante tanto para a economia familiar quanto para a economia nacional. Continue acompanhando nosso blog e siga nosso Instagram para mais conteúdos.